Análise de raio X revela composição das pedras de Stonehenge

Uma análise de raio X foi feita em uma pedra Stonehenge e pode relevar sua composição. Esse fator é muito importante visto que há muito interesse em estudar este monumento.

O monumento de Stonehenge é uma das construções que mais intrigam pesquisadores. Assim como as pirâmides do Egito, ele é algo super preservado datado de 3.100 anos Antes de Cristo.

Dos fragmentos restados do período Neolítico, conhecido como Idade da pedra polida, o monumento é o que mais se preservou ao longo dos tempos.

Tem interesse no assunto? Então continue lendo este conteúdo para saber mais sobre ele.

 

O que a radiologia revelou sobre o monumento Stonehenge?

Para quem não sabe, não conhece ou sabe pouco a respeito, o Stonehenge é uma formação de enormes pedras arranjadas em modo circular e que se estima pesar cerca de 50 toneladas.

O monumento fica a 130km oeste de Londres na planície de Salisburg. Há 5 mil anos os arcos estão intactos mesmo embaixo de sol ou de chuva.

Um fato interessante é que o monumento foi construído de forma que se pudesse alinhar com o nascer do sol no solstício de verão.

Sendo assim, nos dias 21 de junho, o sol nasce exatamente onde a pedra principal se encontra. No inverno, a lua também se alinha no solstício, o que poderia fazer ligação aos ciclos de colheita ou a rituais religiosos.

Existem várias teorias sobre a criação desse monumento e muitas dúvidas a respeito dele, o que leva cientistas, arqueólogos e todos os profissionais ligados ao estudo das antiguidades, a pesquisarem mais sobre o local.

Muito já foi catalogado sobre a construção, mas pesquisas recentes puderam descobrir a composição dessas rochas pesadas.

O que os pesquisadores descobriram?

Os pesquisadores conseguiram fazer uma análise geoquímica de um fragmento encontrado na rocha que estava perdido por muito tempo mas que voltou em 2019.

Todas as descobertas feitas estão publicadas na revista Plos One. Para entender como o estudo aconteceu, é preciso entender a história.

Tudo começou em 1958 quando o monumento estava sendo restaurado e uma das pedras precisava de reforço. Então, para que isso pudesse acontecer, a pedra foi perfurada para que uma haste de metal fosse colocada em seu núcleo.

Enquanto esse processo rolava, um dos membros envolvidos na restauração pegou um pedaço da pedra e guardou consigo como recordação.

Esse pedaço da pedra ficou perdido até o ano de 2019, quando foi devolvido para a English Heritage, instituição que é responsável pelo patrimônio.

Hoje em dia, não é mais possível fazer extração de amostras do monumento. Portanto, o pedaço que foi perdido acabou sendo um grande objeto de estudo.

Dessa forma, deu-se início as análises geoquímicas no fragmento da rocha. Ele tem cerca de 7 centímetros de comprimento.

Nas análises, foi usada a radiologia, sendo assim, uma tomografia computadorizada da rocha foi feita por raio-x. Além disso, várias análises por microscópio foram feitas também.

Com esse estudo, pode-se analisar os sedimentos e a composição química da rocha. A conclusão que se pode chegar foi de que as rochas são feitas de arenito.

Quais resultados puderam chegar por meio do raio-x?

Ao estudar o elemento mais a fundo, os cientistas tiveram uma surpresa ao saber que 99,7% da pedra era feita na verdade por quartzo. Grãos quase minúsculos vão criando um mosaico de cristal entrelaçado.

Sendo assim, a rocha acaba sendo muito forte. A questão toda por trás disso e a principal pergunta dos pesquisadores é:

Será que os construtores da época sabiam disso? Ou eles escolheram só os blocos mais próximos, maiores e mais resistentes com o passar do tempo?

Estudos mais antigos sugerem que as pedras azuis menores vieram de Gales, cerca de 200 quilômetros a oeste. Já outro estudo diz que elas e os sarsens se colocaram ao mesmo tempo.

Em qualquer hipótese, não se descarta o fato de que a construção daquelas pedras naquele ponto foi de um enorme esforço. Isso porque o monumento é a junção de materiais trazidos de vários lugares diferentes.

Há muitas dúvidas quanto ao meio de transporte usado para transportar rochas tão pesadas. A ideia principal supõe que elas acabaram sendo arrastadas por trenós.

Curiosidades sobre o local

Não é possível que se saiba com certeza quem foi que construiu o monumento e nem para que ele foi construído. No entanto, uma coisa que a ciência consegue fazer é medir a época em que o complexo se ergueu.

Nos estudos feitos, foram apontados que a vala que fica ao redor do monumento foi criada cerca de 3 mil A.C enquanto as pedras chegaram 500 anos depois.

A organização dos blocos e suas variações continuou acontecendo por volta até de 1,5 mil A.C. Isso significa que para que pudesse ficar pronta, foram necessários cerca de 1,5 mil anos.

Há uma suposição de que o complexo serviu como cemitério, pois foram descobertas cerca de 56 covas com os corpos cremados de pelo menos 64 pessoas.

A primeira menção que se tem conhecimento do monumento foi feita no século 12 por Henry de Huntingdon, que escreveu sobre as “fabulosas pedras” erigidas que tinha formas de portas.

Na falta de uma explicação aceitável sobre como o monumento funciona, muitas pessoas atribuíram sua existência a alienígenas e até mesmo a satanás.

A partir disso, muitas teorias se criaram a respeito e várias lendas acabaram sendo inventadas para que pudesse explicar como ela funciona.

Independentemente das histórias contadas, fato é que a criação deste monumento é uma obra incrível e cheia de mistérios que tem sido revelados aos poucos pela ciência.

 

Conclusão

Por fim, vimos então um pouco sobre o monumento Stonehenge e os estudos sobre sua composição assim como um pouco sobre a história deste monumento histórico.

Graças aos avanços tecnológicos e um maquinário de ponta é que se pode ter uma ideia da história passada. Através da análise do material, pode-se determinar de onde eles eram, do que foram feitos e há quanto tempo existem.

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