A morte segundo o espiritismo

Falar sobre morte é um grande tabu na sociedade atual e, embora ótimas obras, como o livro vidas passadas, ilustram bem esse processo de passagem, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre como se dá exatamente esse processo e o que ocorre após ele.

O espiritismo tem o que pode ser considerado, sem sombra de dúvida, uma das descrições mais detalhadas e vívidas acerca do nosso processo de desencarnação e o que acontece após ele. Continue conosco e veja o que acontece depois do nosso desencarne!

A morte como transição: O que os livros espíritas revelam sobre a dimensão espiritual

As obras de Chico Xavier, Zibia Gasparetto e de muitos outros médiuns, que podem ser encontradas na loja da Editora Dufaux, mostram como o mundo espiritual é rico, e consegue ser ao mesmo tempo tão parecido e tão diferente do mundo material. 

No plano espiritual, assim como no físico, existem inúmeras cidades, colônias e planetas habitados – no entanto, a estrutura hierárquica das cidades, o padrão e o modo de vida, e a própria arquitetura das cidades em si são muito diferentes.

Aqui, no plano físico, as grandes cidades são marcadas por seus prédios imponentes, cinzentos, pela ausência de natureza, pelos carros, pela poluição, pela aglomeração, porém no plano espiritual as coisas são diferentes. As cidades coexistem com a natureza, os prédios são belos e de aspecto limpo, os meios de transporte são todos coletivos e não há todo aquele acúmulo de pessoas constantemente, etc.

Existe também, é claro, planos inferiores, para onde vão pessoas que ainda precisam passar por um processo maior de evolução. Esse é um estado temporário, e essas pessoas são auxiliadas por espíritos evoluídos – não há um “inferno” ou uma “condenação eterna” no espiritismo. 

Tipos de morte segundo o espiritismo: Entendendo as diferentes formas de desencarnação

A doutrina ensina que existem diversos tipos de morte, e esses diferentes tipos de morte segundo espiritismo são capazes de afetar não apenas o processo de desencarne, como também o próprio plano espiritual para o qual a pessoa irá após a morte. São eles:

  • Morte natural, que ocorre por meio de doenças, do desgaste natural do corpo, e que permite um desencarne normalmente tranquilo;
  • Morte violenta, no qual se enquadram acidentes, homicídios, suicídios e afins, e normalmente são bastante traumáticas e causam um desencarne mais caótico;
  • Morte prematura, que normalmente ocorre por acidentes ou doenças, pode ter causas e significados diversos;
  • Morte programada, que ocorre no momento previsto pelo planejamento espiritual realizado antes da encarnação;
  • Morte redentora, que ocorre quando uma pessoa sacrifica-se pelo bem da outra, e é sinal de grande evolução espiritual;
  • Morte coletiva, onde as pessoas morrem em conjunto em acidentes e desastres, e pode significar um tipo de prova coletiva ou cobrança cármica.

Embora alguns desses tipos de mortes possam parecer injustas, ou possam até escapar do planejamento pré-encarnatório, assim como ocorre no livro Vidas Passadas, é preciso que compreendamos que nada no universo ocorre por acaso, e embora esse tipo de coisa possa fugir do nosso controle, com toda a certeza não foge do controle de Deus.

A vida continua após a morte?

Sim, o espiritismo ensina que a vida continua após a morte. Se a sua vibração for baixa e tiver pecados a pagar, você irá para planos astrais mais densos, feito o tão conhecido Umbral, até reconhecer seus erros e/ou ser resgatado e auxiliado nesse processo de evolução.

Caso você já tenha atingido um certo grau de evolução espiritual, você irá para alguma das cidades ou colônias espirituais, onde você irá trabalhar, viver, casar, e fazer diversas coisas de modo muito semelhante ao que ocorre na Terra. A vida do outro lado é apenas uma versão muito mais bela e melhor do que deste. 

A morte física x morte espiritual: Qual a diferença?

Kardec ensina que, a grosso modo, o ser humano é composto por três partes – o corpo físico, o perispírito, e o próprio espírito (ou alma). Quando o corpo padece, o perispírito também padece, e quando isso ocorre, a alma se desprende. O perispírito é o elemento que une o corpo e a alma. Esse processo de morte do corpo e dissolvimento do perispírito é a morte física.

Após a morte física ocorrer e nossa alma retornar ao plano astral, ela também sofre alterações. Certas características e aspectos que se adquirem ao longo da vida material se perdem ou se transformam, sem, porém, afetar a essência desta alma, o componente que define sua individualidade. Esse processo de perdas e transformações é a chamada morte espiritual, que assim como a física, não é uma morte de fato e sim uma transformação. 

A importância do luto e a esperança na vida eterna

Embora a doutrina espírita mostre que a morte não é o fim, é inevitável que ao perdermos alguém querido nós entremos em luto. Esse não apenas é um processo natural, como é saudável. Reprimir a tristeza vinda do luto faz com que ela se acumule e evolua para algo pior, então é preciso se permitir sentir.

Porém, ao mesmo tempo em que devemos senti-los, não devemos nos entregar a eles, especialmente porque, sendo espíritas, sabemos que poderemos encontrar essas pessoas novamente – senão após a morte, em uma outra encarnação. A morte não é um ponto final, mas sim uma vírgula na nossa história com essas pessoas queridas. Portanto, sinta essa tristeza, mas não se deixe jamais dominar por ela. 

Dada a complexidade do pós-morte no espiritismo, é perfeitamente natural que muitas dúvidas permaneçam, portanto, estudar e aprimorar-se intelectualmente é uma necessidade para todo espírita. Na Editora Dufaux você poderá encontrar os melhores livros tratando da morte dentro do espiritismo, bem como de muitos outros assuntos. Acesse o site da editora e confira!