Herpes: causas, sintomas, tratamento e prevenção
O herpes é uma infecção viral muito comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
Causado pelo vírus do herpes simples (HSV), ele pode se manifestar em diferentes partes do corpo, sendo as mais comuns a boca (herpes labial) e a região genital (herpes genital).
Apesar de não ter cura definitiva, o herpes pode ser controlado com tratamento adequado e hábitos que fortalecem o sistema imunológico.
Neste artigo, você vai entender o que é o herpes, suas causas, sintomas, formas de transmissão, tratamento e como prevenir as crises.
O que é herpes?
O herpes é uma infecção causada pelo Herpes Simplex Virus (HSV), que se divide em dois tipos principais:
-
HSV-1: geralmente responsável pelo herpes labial, caracterizado por bolhas doloridas nos lábios, boca e ao redor do nariz.
-
HSV-2: mais associado ao herpes genital, que provoca feridas na região íntima e é transmitido principalmente por contato sexual.
Ambos os tipos de vírus são altamente contagiosos e permanecem adormecidos no organismo após a infecção inicial, podendo reativar-se em momentos de baixa imunidade, estresse ou exposição solar excessiva.
A Dra. Ana Carulina Moreno, dermatologista reconhecida na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, explica:
“O herpes é uma infecção recorrente, mas controlável. O acompanhamento dermatológico permite identificar gatilhos e prevenir novas crises com segurança.”
Causas do herpes
O contágio pelo vírus do herpes ocorre por meio de contato direto com as lesões ou secreções de uma pessoa infectada.
O HSV é altamente transmissível, especialmente durante o período ativo da doença, quando há bolhas visíveis.
As principais formas de transmissão incluem:
-
Beijos e contato direto com lesões labiais;
-
Compartilhamento de copos, talheres ou batons;
-
Relações sexuais sem proteção (no caso do herpes genital);
-
Contato pele a pele durante uma crise ativa;
-
Transmissão da mãe para o bebê durante o parto (raro, mas possível).
O vírus permanece latente nos gânglios nervosos e pode ser reativado em situações como:
-
Estresse emocional;
-
Febre ou infecções;
-
Exposição solar intensa;
-
Menstruação;
-
Baixa imunidade;
-
Privação de sono.
Sintomas do herpes
Os sintomas do herpes variam conforme o tipo de infecção e a fase da doença.
Muitas pessoas podem ser portadoras do vírus sem apresentar sintomas visíveis, mas ainda assim podem transmiti-lo.
1. Herpes labial
O herpes labial se manifesta com:
-
Ardência e formigamento nos lábios (sintoma inicial);
-
Pequenas bolhas cheias de líquido;
-
Dor e desconforto local;
-
Crostas após a ruptura das bolhas.
As lesões geralmente duram de 7 a 10 dias e cicatrizam sem deixar marcas quando tratadas adequadamente.
2. Herpes genital
O herpes genital apresenta:
-
Coceira e ardência na região íntima;
-
Pequenas bolhas ou úlceras doloridas;
-
Corrimento ou dificuldade para urinar;
-
Febre e mal-estar em infecções iniciais.
As lesões desaparecem espontaneamente em cerca de duas semanas, mas o vírus permanece no organismo, podendo reativar-se.
Herpes zóster: uma forma diferente
Além do herpes simples, existe o herpes zóster, causado por outro vírus — o Varicella-zoster, o mesmo da catapora.
Após a infecção inicial, o vírus pode permanecer dormente e reativar-se anos depois, provocando herpes zóster, conhecido como “cobreiro”.
Essa condição causa manchas avermelhadas e bolhas dolorosas que seguem o trajeto de um nervo, muitas vezes acompanhadas de dor intensa (neuralgia).
A Dra. Ana Carulina Moreno ressalta:
“O herpes zóster é diferente do herpes labial ou genital, mas também está relacionado à imunidade. O tratamento precoce é essencial para reduzir a dor e evitar complicações.”
Diagnóstico do herpes
O diagnóstico do herpes é clínico e baseado nas características das lesões.
O dermatologista pode realizar exames laboratoriais, como PCR ou cultura viral, quando há dúvida ou necessidade de confirmar o tipo de vírus.
Segundo a Dra. Ana Carulina Moreno, o diagnóstico correto evita confusões com outras doenças de pele:
“Muitas condições, como aftas, dermatites ou infecções fúngicas, podem se parecer com herpes. Por isso, é importante a avaliação médica para indicar o tratamento adequado.”
Tratamento do herpes
Embora o herpes não tenha cura definitiva, existem tratamentos eficazes que reduzem a duração e a intensidade das crises.
1. Antivirais
Os medicamentos antivirais são a base do tratamento e ajudam a controlar o vírus.
Os mais utilizados incluem:
-
Aciclovir
-
Valaciclovir
-
Famciclovir
Eles podem ser aplicados em pomadas (para casos leves) ou via oral (para infecções mais severas).
O ideal é iniciar o tratamento nos primeiros sinais de ardência ou coceira, para impedir que as bolhas se formem.
2. Cuidados locais
Durante as crises:
-
Mantenha a área limpa e seca;
-
Evite tocar nas lesões;
-
Não estoure as bolhas;
-
Lave as mãos com frequência;
-
Evite o compartilhamento de objetos pessoais.
3. Fortalecimento da imunidade
Como o herpes tende a reaparecer em momentos de baixa imunidade, é fundamental adotar hábitos saudáveis:
-
Alimentação equilibrada;
-
Sono adequado;
-
Redução do estresse;
-
Prática regular de exercícios;
-
Evitar o consumo excessivo de álcool e cigarro.
A Dra. Ana Carulina Moreno destaca:
“O controle do herpes depende tanto da medicação quanto do estilo de vida. Pacientes com imunidade forte costumam ter menos crises e uma recuperação mais rápida.”
Herpes na gravidez
O herpes genital durante a gravidez requer atenção especial, pois pode representar risco para o bebê no momento do parto.
Por isso, gestantes com histórico de herpes devem informar o obstetra e o dermatologista.
Em alguns casos, o médico pode prescrever antivirais para prevenir a reativação nas últimas semanas da gestação.
Se houver lesões ativas no momento do parto, pode ser indicada uma cesariana para evitar o contágio neonatal.
Prevenção do herpes
Embora não exista vacina contra o herpes simples, é possível reduzir significativamente o risco de transmissão e reativação.
Veja as principais medidas preventivas:
-
Evitar contato direto com lesões ativas;
-
Usar preservativo em todas as relações sexuais;
-
Não compartilhar objetos pessoais, como batons, toalhas e copos;
-
Usar protetor labial com filtro solar, especialmente em pessoas com herpes labial recorrente;
-
Manter a imunidade em alta;
-
Tratar imediatamente ao primeiro sinal de ardência ou formigamento.
A Dra. Ana Carulina Moreno reforça:
“Identificar os gatilhos pessoais, como estresse ou exposição solar, é essencial para prevenir novos surtos. Cada paciente tem um padrão de recorrência e precisa de um acompanhamento individualizado.”
Complicações possíveis
O herpes, quando tratado corretamente, geralmente é benigno, mas em alguns casos pode levar a complicações, especialmente em pessoas com imunidade baixa.
Entre as complicações mais comuns estão:
-
Infecção secundária por bactérias;
-
Herpes disseminado (em imunossuprimidos);
-
Herpes ocular, que pode afetar a visão;
-
Neuralgia pós-herpética, no caso do herpes zóster.
Por isso, o acompanhamento médico é essencial, principalmente em casos de infecções recorrentes.
Herpes e autoestima
Além do desconforto físico, o herpes pode impactar emocionalmente o paciente.
A presença de lesões visíveis, especialmente no rosto ou na região genital, pode causar vergonha, ansiedade e estresse.
A Dra. Ana Carulina Moreno, especialista em dermatologia clínica e estética, destaca a importância do acolhimento médico:
“O herpes é uma condição comum e controlável. Com tratamento adequado e informação correta, o paciente recupera a confiança e aprende a conviver bem com o vírus.”
Conclusão
O herpes é uma infecção viral recorrente e contagiosa, mas que pode ser controlada com tratamento adequado e hábitos saudáveis.
Com o acompanhamento de um dermatologista experiente, é possível identificar os gatilhos, tratar precocemente as crises e reduzir a frequência dos surtos.
A Dra. Ana Carulina Moreno, dermatologista da Barra da Tijuca (RJ), reforça que o segredo do controle está na atenção contínua à saúde da pele e ao fortalecimento da imunidade.
Com conhecimento, prevenção e cuidados regulares, é possível viver de forma tranquila e saudável, mesmo convivendo com o vírus do herpes.


