Diabetes gestacional: O que é?
Alvo de questionamentos bem frequentes durante os atendimentos nutricionais, a diabetes gestacional (DG) nada mais é do que o aumento nos níveis do açúcar no sangue durante a gravidez.
Segundo os dados do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Diabetes, o problema afeta, em torno, até 10% das mulheres grávidas a cada ano e está totalmente associado ao aumento dos seus hormônios reguladores da insulina, que ocorre principalmente pela carga do estresse proveniente das mudanças no organismo decorrentes da gravidez. No entanto, os fatores genéticos ou ambientais também podem contribuir bastante para seu surgimento.
E embora essa tendência seja de total desaparecimento da doença após o parto, durante a gestação ela pode sim afetar a saúde do seu bebê, causar complicações na gravidez e aumentar o risco da criança desenvolver diabetes tipo 2 mais tarde. Por isso, é fundamental monitorar os índices de glicemia e cuidar da alimentação para garantir que você e seu filho permaneçam saudáveis. Saiba mais sobre o Diafree funciona.
Como diagnosticar o problema
Por ser uma doença bem silenciosa, a maioria dessas mulheres só descobre que tem DG durante a sua triagem de rotina no pré-natal. E a partir daí, o acompanhamento nutricional se torna totalmente imprescindível para que você possa continuar fornecendo os nutrientes que são necessários para o desenvolvimento da criança, sem comprometer seus índices glicêmicos.
Como tratar
Um dos erros mais comuns para estes casos é a paciente receber o diagnóstico e, para resolver esse problema, simplesmente decide cortar os carboidratos da sua dieta.
Na verdade, se você tem a DG, o que vai ajudar a controlar os seus sintomas sem a necessidade de medicação é uma dieta bem saudável e balanceada. Ou seja, algo que seja bem rico em proteínas, sim, mas que também inclua a quantidade exata de carboidratos e gorduras, principalmente o que chamamos de carboidratos complexos, que são os legumes, grãos inteiros e os vegetais ricos em amido, como batata-doce e a abóbora, por exemplo.
Ah, e não se esqueça das fibras. Elas são muito importantes para o controle da diabetes gestacional.
Confira agora abaixo uma lista com 10 alimentos bem ricos em carboidratos complexos e que não precisam ser excluídos da sua dieta:
- Grão de bico
- Batata Doce
- Feijão preto
- Quinoa
- Arroz Integral
- Lentilha
- Aveia
- Centeio
- Cenoura
- Amendoim
Como sempre falamos por aqui, a palavra-chave para o grande sucesso de qualquer tratamento é o “equilíbrio”. Mesclando os alimentos certos nas proporções mais adequadas é possível contornar todo o problema com total segurança para você e para o seu bebê. Principalmente se você tiver todo o apoio de um profissional da área de nutrição para te ajudar. Portanto, não se desespere!
O que a diabetes gestacional pode causar no seu bebê?
Além de sobrecarregar os órgãos do seu feto e fazer com que ele tenha um risco mais aumentado de macrossomia fetal, a diabetes gestacional afeta o seu bebê no momento do nascimento: quando o cordão umbilical é todo cortado, o fornecimento de açúcar da mãe para o bebê é interrompido. Isso então pode fazer com que ocorra uma queda abrupta na quantidade da glicose da circulação, levando a um quadro de hipoglicemia neonatal.
O excesso do hormônio atrapalha a absorção do cálcio, do potássio e magnésio. A alteração também pode favorecer a icterícia e o parto prematuro. Quando essa doença não é devidamente tratada, há maiores riscos das malformações fetais, abortamento espontâneo e a pré-eclâmpsia. Além disso, estudos apontam que filhos das mulheres que tiveram a diabetes gestacional têm mais chances de desenvolver a obesidade e diabetes em sua vida adulta.
Este artigo foi produzido pelos redatores do Saude Brasil e Na Cozinha do Dezim